No mês de sensibilização para a saúde do homem (novembro), médicos do Hospital CUF Viseu alertam para a importância de se reconhecer os sintomas da Hiperplasia Benigna da Próstata, uma das doenças mais comuns nos homens.
Considerada uma das doenças benignas mais comuns nos homens, que se caracteriza por um aumento do volume da próstata, a Hiperplasia Benigna da Próstata afeta as funções urinária e sexual, prejudicando a qualidade de vida dos doentes. Paulo Rebelo, Coordenador de Urologia no Hospital CUF Viseu, explica que para o tratamento da patologia existem várias abordagens, “desde fármacos a cirurgias mais ou menos invasivas, no entanto, quase sempre os tratamentos têm alguns efeitos secundários”.
O aparecimento de técnicas minimamente invasivas que utilizam vapor de água, como a Rezum, ou através da colocação de um dispositivo, iTIND, surgem como alternativas aos tratamentos convencionais. De acordo com Paulo Rebelo, “a implantação deste dispositivo na uretra é uma nova técnica de tratamento que está a dar os primeiros passos em Portugal e que temos vindo a realizar no Hospital CUF Viseu. O dispositivo permanece implantado nesse local entre cinco a sete dias, sendo depois retirado na consulta de seguimento. Este procedimento é realizado em ambulatório sem a necessidade de incisões e tem como grande vantagem a preservação da função sexual”.
O Rezum, que surgiu em 2015 nos Estados Unidos, é outro dos tratamentos inovadores e com claras vantagens para os doentes: “através de um sistema inovador que utiliza vapor de água para tratar os sintomas causados por esta doença é possível eliminar as queixas urinárias em cerca de 95% dos casos com preservação da função sexual, ao invés da maioria das restantes técnicas invasivas”, refere Pedro Samuel Dias, Urologista no Hospital CUF Viseu.
Esta técnica é utilizada no Hospital CUF Viseu desde 2020 tendo já sido tratados cerca de 80 doentes com uma elevada taxa de sucesso.
As principais vantagens desta técnica residem “no facto de ser realizada em regime de ambulatório - normalmente, ao fim de três horas de recobro, o doente tem alta clínica -, o procedimento dura apenas cerca de 15 minutos e não é necessária anestesia geral, mas apenas uma ligeira sedação”, destaca o médico. O tempo de recuperação é também mais célere e “a maior parte dos doentes regressa à vida ativa após um ou dois dias”, completa Pedro Samuel Dias.