Opinião: 'Democracia e renovação do compromisso europeu' por Sofia Moreira de Sousa

Maio é o mês da Europa, assinalado em todos os países da União para celebrar a Declaração de Robert Schuman, então Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, proferida a 9 de maio de 1950. É extraordinário pensar que cinco anos antes deste famoso discurso, a Europa estava ainda submersa na sua mais violenta guerra fratricida. Pensar que passado tão pouco tempo da Segunda Guerra Mundial, um ministro francês estava a estender a mão à Alemanha e a outros países que, ao longo de séculos e incontáveis batalhas, estiveram em lados opostos da barricada. Uma «solidariedade de facto» foram as palavras escolhidas por Robert Schuman nesta sua proposta de uma Europa «organizada e dinâmica», imprescindível para a «manutenção de relações pacíficas».
Desde então, o Dia da Europa simboliza a celebração desta paz, união, e do compromisso real com os valores que moldam o projeto europeu: o respeito pela dignidade humana, liberdade, democracia, e a promoção da prosperidade económica no âmbito de um Estado Social. Celebramos a União Europeia, garantindo que os seus valores continuam a ser colocados em primeiro lugar, refletindo sobre todo o caminho até hoje percorrido, mas também o que queremos para a nossa Europa no futuro.
Desde esse longínquo ano de 1950 que a União Europeia tem contribuído para a redução de disparidades e para a melhoria da qualidade de vida de milhões de pessoas, com a solidariedade entre países como pilar estruturante. Basta recordarmos o passado recente e a forma como superámos uma pandemia mundial, onde a União Europeia garantiu o acesso rápido de vacinas em condições de igualdade a todos os europeus. Onde graças aos fundos do «NextGenerationEU», conhecido entre nós como o PRR, aumentámos o investimento nas renováveis, no apoio social, e na digitalização.
Uma solidariedade que se estende além fronteiras: a União Europeia é um dos principais atores mundiais em ajuda humanitária e tem assumido um papel imprescindível na resposta à terrível situação humanitária que se vive em Gaza; ao mesmo tempo, enquanto a liberdade, a autodeterminação e a própria democracia continuam a ser ameaçadas pela brutal guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, a União Europeia permanece ao lado do povo ucraniano e tem dado um apoio sem precedentes, acolhendo as famílias que fogem da guerra, apoiando as empresas e a produção agrícola do país, e fornecendo armamento e equipamento de proteção aos soldados ucranianos.
Portugal é um exemplo do progresso europeu em direção a uma sociedade mais próspera e justa. A adesão portuguesa à União Europeia trouxe avanços económicos, fundos comunitários, acordos comerciais e padrões ambientais. Contribuiu também para o reforço do  compromisso com os princípios democráticos, direitos humanos e participação cívica. Valores cuja celebração e defesa é ainda mais importante quando assinalamos os 50 anos do 25 de Abril.
Estas conquistas não devem ser dadas como adquiridas. As eleições europeias, a 9 de junho, são uma oportunidade para reafirmar o nosso compromisso com os valores que nos unem como europeus e para participar ativamente no futuro da construção europeia. Portugal tem tido baixas taxas de participação, mas este ano não há desculpas: podemos inscrever-nos no voto antecipado (na semana anterior) e pela primeira vez podemos votar em qualquer ponto do país e fora dele (nos consulados). Ou seja, mesmo que nesse fim-de-semana esteja fora, pode dirigir-se a qualquer mesa de voto mais próxima e exercer o nosso dever cívico sem necessidade de requisição prévia de voto em mobilidade.
Tal como Robert Schuman declarou, «a Europa não se construirá de uma só vez». Cabe a todos nós continuarmos a sua construção, votando no próximo dia 9 e trabalhando em união nos dias e anos seguintes, para que juntos sejamos mais fortes.

Por Sofia Moreira de Sousa, Representante da Comissão Europeia em Portugal

Publicado por: Irene Ferreira
2024-05-16 08:54:43

 

 


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Local/Regional

Lamego: Alberto Almeida apresentou o livro 'A Caminho da 1ª República em Portugal'

O Salão Nobre dos Paços do Concelho de Lamego acolheu na tarde de sábado, 05 de outubro, a apresentação pública do livro “A Caminho da 1ª República em Portugal”, a primeira obra dedicada a este período histórico da autoria de Alberto de Jesus Almeida.
O livro aborda "o emergente regime republicano implantado em Portugal na épica manhã de 5 de outubro de 1910, derrubando um regime que há oitocentos anos ocupava o poder em Portugal". 
Para celebrar a Implantação da República o momento musical foi assegurado pelo Grupo de Cavaquinhos, Vozes e Viola da Universidade Sénior Jerónimo Cardoso.
Professor de profissão, Alberto de Jesus Almeida é licenciado pela Escola Superior de Educação de Viseu, Mestre em Administração Escolar pela Universidade Católica e Doutorado pela Universidade de Salamanca em Teoria e História da Educação. Atualmente é Diretor do Museu Pedagógico de Lamego. 
O fará a apresentação do próximo livro "Revisitação da Lenda da Princesa Ardínia e do Cavaleiro Don Tedo por Terras de Lamego" no Teatro Ribeiro Conceição, no próximo dia 27 de outubro.

 

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Viseu: Escola Superior de Saúde acolhe congresso sobre Investigação em cuidados de saúde

O Auditório Carlos Pereira, na Escola Superior de Saúde de Viseu (ESSV), recebe, esta segunda e terça-feira (07 e 08 de outubro), o I Congresso Internacional – Investigação, Formação e Práticas em cuidados de saúde: a formar profissionais de excelência.
A iniciativa decorre no seguimento das comemorações dos 50 anos da ESSV. “Visa proporcionar um espaço de reflexão sobre o percurso de 50 anos da ESSV e preconiza ainda a partilha das mais recentes evidências procedentes de Pesquisa Científica e de Boas Práticas em Ciências da Saúde e da Enfermagem, produzidas a nível nacional e internacional, por forma a fomentar comunidades saudáveis”, explica a organização.
Esta segunda-feira fica ainda marcada pela inaugurada da exposição “História da Enfermagem”, sob a Curadoria do Prof. Luís Condeço.

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Projeto de distribuição de roupa hospitalar melhora serviço do Hospital de Viseu. Queixas diminuiram

Os Serviços Gerais e Hoteleiros da Unidade Local de Saúde Viseu Dão-Lafões (ULSVDL) apresentaram, no Fórum de Inovação e Tecnologia em Saúde, em Lisboa, os resultados do projeto “Distribuição de Roupa Hospitalar - Melhoria de Processo”, vencedor da 1ª edição da Bolsa José Nogueira da Rocha, em 2023. 
Marlene Lopes, diretora do serviço, destacou que a implementação do projeto, há menos de um ano, contribui para uma maior eficiência na distribuição da roupa hospitalar, garantindo que esta fosse entregue no local, na quantidade e no tempo certos, melhorando a qualidade dos serviços prestados.
A responsável refere que as reclamações dos profissionais reduziram em 80 por cento.
Depois de implementado o projeto de melhoria da distribuição da roupa hospitalar, o modelo de distribuição e o funcionamento do armazém também foram, segundo Marlene Lopes, melhorados.
Os próximos passos do Serviços Gerais e Hoteleiros da Unidade Local de Saúde Viseu Dão-Lafões incluem a melhoria da precisão do inventário e a eficiência logística, bem como a aquisição de almofadas impermeáveis, visando a otimização de recursos e a eficiência operacional.   

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Chuva e vento marcam, esta semana, no distrito de Viseu (c/ áudio)

Esta semana é de chuva na região de Viseu  O vento também vai soprar com mais intensidade.
A instabilidade agrava-se entre terça e quarta-feira com a chegada da Depressão KIRK, como refere a meteorologista Cristina Simões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Durante os próximos dias, a temperatura máxima também desce na região de Viseu.

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PSP de Viseu deteve três homens por roubo, condução com álcool e para cumprimento de pena

Por suspeita de roubo, na via pública, um homem de 25 anos foi detido pela PSP de Viseu. Aconteceu na Rua Padre Costa, na cidade viseense. Quando os agentes da polícia chegaram ao local, o indivíduo foi-lhes entregue sob detenção, pelos elementos da Polícia Municipal. O suspeito terá, segundo a PSP, roubado várias quantias em dinheiro, a um homem de 40 anos que se encontrava sentado num banco de jardim. O lesado foi transportado ao Hospital de Viseu face aos ferimentos cometidos pelo suspeito.
Também, na Avenida da Bélgica, no domingo (06 de outubro), foi detido um homem de 34 anos por condução de veículo automóvel sob o efeito do álcool. Submetido ao teste de alcoolemia acusou uma TAS (taxa de álcool no sangue) de 1,79g/l.
No mesmo dia, foi detido e conduzido ao estabelecimento Prisional de Viseu um homem de 61 anos para cumprimento de pena de prisão pela prática do crime de fraude fiscal. A detenção ocorreu no âmbito da execução de mandado de detenção, para cumprimento de pena efetiva de três anos.

País

Até domingo está nas estradas, da região e do país, a Campanha 'RoadPol – Telemóvel'

A GNR realiza, entre esta segunda-feira e o próximo domingo (de 07 e 13 de outubro), realiza em todo o território nacional continental, uma operação de fiscalização rodoviária, direcionada para a utilização de auscultadores sonoros e manuseamento de aparelhos radiotelefónicos, durante o exercício da condução, a fim de promover a segurança rodoviária.
Esta operação tem como objetivo alertar os condutores para as consequências negativas e mesmo fatais do uso indevido do telemóvel durante a condução. De acordo com as autoridades, o manuseamento e utilização do telemóvel, de smartphones, tablets ou similares, durante o exercício da condução, provocam a distração visual, limitação da disponibilidade manual e condicionamento cognitivo.
Segundo um estudo da Prevenção Rodoviária Portuguesa, quase 75% dos portugueses declaram que utilizam o telemóvel enquanto conduzem A GNR acrescenta que existem várias consequências no que concerne à duplicação de atividades que o uso do telemóvel durante a condução origina, nomeadamente:

  • Diminuição da capacidade de vigilância do condutor e dispersão da atenção;
  • Aumento do tempo de reação;
  • Má avaliação do posicionamento do veículo na via;
  • Dificuldade de descodificação dos sinais e da sua memorização;
  • Desrespeito da regra de cedência de passagem;
  • Não manutenção da distância de segurança;
  • Não sinalização da manobra de mudança de direção;
  • Má avaliação da velocidade.