O Teatro Viriato, em Viseu, acolhe esta terça e quarta-feira (28 e 29 de maio), a peça “Cantar de Galo”, que junta o Galo de Barcelos e Salazar. É a nova peça da companhia Mala Voadora.
O Galo de Barcelos é o souvenir mais popular de Portugal, vendido como bibelot, porta-chaves, íman para frigorífico, postal... Em “Cantar de Galo”, ele ganha vida. Altivo, conta-nos a sua história: salvou da forca um peregrino erradamente acusado de um crime. Mas não está satisfeito, exige explicações e quem surge para o esclarecer é Salazar (em deepfake), o ditador que manteve Portugal no fascismo durante 40 anos. É assim que o galo fica a saber que, afinal, faz parte da ficção nacionalista manipuladora que Salazar inventou. O Galo recupera a sua vocação de justiceiro e vai querer vingar-se do populista Salazar.
“Cantar de Galo” é uma peça escrita para Jorge Andrade pelo escritor norte-americano Robert Schenkkan, vencedor de um Prémio Pulitzer e de dois Prémios Tony.
“Robert Schenkkan é um dramaturgo notável. Convidámo-lo para uma residência na mala voadora, no âmbito do programa InResidence da Ágora/Câmara Municipal do Porto, e o nosso mútuo entendimento rapidamente levou a uma vontade partilhada de colaborarmos num projeto. E Schenkkan fez-nos uma proposta surpreendente: escrever um monólogo para Jorge Andrade em que este interpretasse o papel de Galo de Barcelos”, refere a companhia.
As sessões de apresentação acontecem esta terça-feira, às 15h00, para alunos do Ensino Secundário e Superior, e na quarta-feira, às 21h00, para o público maior de 14 anos.
"Cantar de Galo" © mala voadora