A Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25 e A24 apresentou esta terça-feira (13 de julho) no Tribunal Administrativo de Viseu uma ação popular contra a cobrança de portagens nessas vias.
“A ação, que pode ser subscrita por apenas uma pessoaessoa, foi subscrita por quatro elementos da Comissão de Utentes e conta com várias testemunhas, uma delas tem alguma relevância uma vez que se trata do proprietário de uma das maiores empresas de mercadorias do país, a Patinter”, sustentou Francisco Almeida, porta-voz da comissão.
Esta ação, que “reclama o fim do pagamento das portagens”, acrescentou, tem dois fundamentos e o primeiro “é que se trata de duas autoestradas que não têm alternativa e isso tem sido dito até à exaustão, mas hoje isso é entregue em tribunal”.
Francisco Almeida lembra que a alternativa à A25 é a Estrada Nacional 16 (EN 16) que atravessa cidades e vilas e, por isso, “os veículos pesados de transporte de mercadorias, designados por TIR não conseguem circular nessas vias”.
O mesmo acontece com a A24, cuja “alternativa” que “alguém possa imaginar é a EN2, entre Chaves e Faro, e que, em Lamego, por exemplo, é a rua ajardinada que passa por baixo do escadório que dá acesso à Senhora dos Remédios e que tem limite de altura, logo não pode passar um veículo de mercadorias”.
“Ou seja, não há alternativa às autoestradas sem pagamento, isto é deixar as pessoas sem uma alternativa sem pagamento para ligações inter-regionais”, reforçou.
O segundo fundamento, acrescentou, “é o nome que é dado, de autoestradas, quando a velocidade normal das autoestradas é 120 [quilómetros/hora] e estas duas vias têm troços em que não se pode circular a essa velocidade”.
Francisco Almeida refere que a comissão de utentes fez a A25 na íntegra, entre Aveiro e Vilar Formoso, e constatou que entre Viseu e Aveiro em 40% do percurso não é possível circular a uma velocidade de autoestrada, não se pode circular a 120”.