O presidente da Câmara de Moimenta da Beira, Paulo Figueiredo, avisa que a atividade das pedreiras poderá vir a ser suspensa se a poluição no rio Paiva não acabar rapidamente. O autarca socialista quer que as descargas que poluem o curso de água há vários anos, alegadamente com origem em pedreiras, acabem de uma vez por todas. Neste âmbito, avisou os empresários que, "caso não tomem medidas adicionais para eliminar este problema", podem ver "a sua atividade suspensa".
Na segunda-feira, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) promoveu "uma visita de sensibilização às pedreiras em causa, que juntou as autarquias de Moimenta da Beira e de Vila Nova de Paiva e ainda a União das Freguesias de Vila Nova de Paiva, Alhais e Fráguas" e a GNR.
Com o objetivo de encontrar soluções, Paulo Figueiredo tem mantido reuniões com o município vizinho de Vila Nova de Paiva, tendo sido combinada uma estratégia no sentido de levar todas as entidades envolvidas no licenciamento desta atividade ao local para "constatarem logo a situação juntamente com os empresários".
"Queremos dar o nosso contributo enquanto entidade interveniente neste processo para que o rio, a sua fauna e todo o seu ecossistema possam ser aquilo o que foi no passado, ou seja, um dos rios menos poluídos da Europa", justificou.
Depois de "vários meses a trabalhar nesta situação" que preocupa os autarcas e a população, Paulo Figueiredo considerou que foi agora dado "um passo muito forte" ao levar às pedreiras todas as entidades envolvidas.