Os filmes amadores e familiares levam o Cine Clube de Viseu a iniciar um arquivo sobre a vida da região com histórias das cidades e das suas gentes, contadas na primeira pessoa. Segundo a coletivade “há a possibilidade de digitalização destes arquivos”.
Sob o título de Voos Domésticos “procuramos reunir filmes de arquivo, refletindo a importância dos arquivos fílmicos e os diferentes usos do cinema ao longo da história”.
“O objectivo é criar um espaço de encontro através das imagens, fazer crescer vínculos comunitários, proteger um património com alto interesse social e cultural, que reflecte a vida quotidiana nas décadas de 50, 60, 70 e 80”, refere o Cine Clube de Viseu.
Um exemplo destes filmes intimistas são as gravações de António Ribeiro de Carvalho, sócio nº 1 e sócio honorário do Cine Clube de Viseu que, enquanto viveu em Angola, registou alguns filmes documentais, como Arte M’Bale.
“Ao longo dos anos, o perfil das pessoas que procuram o Cine Clube para dar destino a estes materiais é diverso. Há pessoas com alguma idade que possuem quantidades razoáveis de películas, e também filhos que as encontram em caixas perdidas entre muitos outros pertences. Viagens, celebrações e bailes, cenas do campo e paisagens, são tópicos recorrentes”, acrescenta.
As pessoas interessadas em formar parte desta iniciativa devem contactar o Cine Clube.