Os deputados do PSD do Círculo Eleitoral de Viseu questionaram, esta quarta-feira (21 de junho), o Ministro das Infraestruturas, João Galamba, na Assembleia da República, sobre o desenvolvimento dos projetos estruturantes para a mobilidade e desenvolvimento da Região Centro que, segundo os social democratas, estão a ser sucessivamente adiados.
Hugo Carvalho, Guilherme Almeida e Cristiana Ferreira abordaram a requalificação do IP3, a modernização da Linha da Beira Alta, a requalificação de várias Estradas Nacionais e Itinerários Complementares, entre outras vias.
Segundo Hugo Carvalho, existem casos em que a Infraestruturas de Portugal (IP) refere que as obras estão em execução e “que não estão, nem sequer dotadas de sinalização horizontal, seja a EN225, a EN222, a EN228, a EN226, entre outras”. O deputado laranja sustentou, por isso, que “diz-se que há contratos a andar”, mas não há nada concreto a ser desenvolvido”.
Já Cristiana Ferreira referiu que o aumento das vítimas mortais nas estradas do distrito de Viseu cresceu, em 2022, em comparação com o ano anterior, 84,6%, segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.
Por sua vez, Guilherme Almeida confrontou o Ministro das Infraestruturas com a data de 02 de julho de 2018. Data na qual o Primeiro-Ministro lançou os concursos para as obras de requalificação do IP3, e que deveriam estar concluídas no primeiro semestre de 2024.
Mas cinco anos depois, “o Governo apenas conseguiu requalificar um troço de 16 quilómetros, estando ainda a faltar reabilitar um total de 75 quilómetros”, referiu o deputado social-democrata.
Sobre a requalificação da Linha da Beira Alta, que está encerrada desde abril de 2022, Guilherme Almeida revelou que, na sequência da visita dos deputados do Círculo Eleitoral de Viseu do PSD à obra, a 05 de junho, e mesmo o ministro tendo garantido, dias antes, “que a linha seria aberta a 12 de novembro”, se verifica um grande volume de trabalhos por executar na empreitada e alguns problemas ao nível do decorrer da obra. Neste âmbito, o parlamentar questionou João Galamba sobre qual a justificação para uma derrapagem tão grande dos prazos de execução e dos custos previstos.
Cristiana Ferreira afirmou ainda, que “existem muitas estradas em elevado estado de degradação e que se têm revelado um fator de insegurança para os cidadãos da região”. Exemplos como o IP5, o IC12, a EN16, a EN228 Mortágua e a EN333, que percorre Vouzela, Viseu e Oliveira de Frades.
Foto: João Pedro