A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, prometeu um “contrato para o país que combata a economia do privilégio e da desigualdade”, defendendo “contas certas” do trabalho e “contra o crime económico e a corrupção”.
No primeiro dia de campanha, o BE escolheu Viseu para fazer um comício inteiramente dedicado ao interior e no qual discursaram antes os cabeças de lista do partido pelos círculos eleitorais da Guarda, Castelo Branco, Bragança, Vila Real e Viseu, bem como o líder parlamentar, Pedro Filipe Soares.
“Nestas eleições dizemos ao que vimos. Vimos por um contrato para o país que combata a economia do privilégio e da desigualdade e que possa construir um país mais justo, a começar pelo acesso à saúde e pelo salário e pela pensão, pelos direitos do trabalho”, comprometeu-se Catarina Martins.
O BE, segundo a sua líder, confronta “a porta giratória e a economia do privilégio” e deixou uma “garantia aos poderosos que vampirizam Portugal”.
“Estamos aqui para um país de contas certas, em que a riqueza é justamente distribuída e em que ninguém tem direito a destruir a economia para ganhar tanto enquanto deixa quem trabalha com quase nada”, afirmou.
A expressão das “contas certas” entrou de novo no discurso dos bloquistas, mas desta vez “as contas certas do trabalho, as contas certas contra o crime económico e contra a corrupção, as contas certas que constroem a justiça” em Portugal.
“E, essa garantia, sabem que o BE a pode dar como mais nenhum partido neste país”, disse.
Tal como tem sido tónica em todos os discursos e declarações, a meta eleitoral de ser a terceira força política não foi esquecida nesta intervenção em Viseu.
“Um Bloco de Esquerda forte, uma terceira força política determinante neste país é a derrota da direita e do seu projeto económico, é também a derrota dos interesses económicos que vivem da porta giratória e que fazem do crime económico e da corrupção a forma do seu enriquecimento, é também vencer a extrema-direita e o preconceito”, defendeu.
Os bloquistas, nas palavras de Catarina Martins, não faltarão “ao contrato para o país” nem a “uma força decisiva de Governo que faça com que em Portugal se ande de cabeça erguida” e respeite quem “aqui trabalha”.