A Assembleia Municipal de Mangualde (27 de setembro) aprovou, por unanimidade, uma moção sobre o anúncio, por parte da Ministra do Ambiente e Energia, da construção da nova Barragem de Fagilde. A moção da autoria do Partido Socilaista, foi apresentada na última reunião, onde obteve o voto unânime das bancadas do PS, coligação PSD/CDS e CHEGA.
De acordo com os socialistas, é fundamental a construção de uma nova barragem de Fagilde, “defendida, desde sempre, intransigentemente e sem incoerências por este executivo e pelo seu presidente”.
No documento, a bancada do PS sustenta que a barragem é tutela da Agência Portuguesa do Ambiente e por isso “é dever do estado a sua conservação bem como a construção de uma nova barragem sem qualquer tipo de ónus que empurre os municípios para modelos de gestão de abastecimento de água de Fagilde que não seja o existente, ou seja, manter um modelo de gestão direta, intermunicipal e partilhado”. Ou seja, gerido pelos municípios de Viseu, Mangualde, Nelas e Penalva do Castelo.
A moção aborda ainda o facto de o presidente da Câmara Municipal de Mangualde não ter aceitado o convite do presidente da Câmara Municipal de Viseu para o anúncio público da construção da nova barragem de Fagilde.
Os socialistas consideram que “por se tratar de um sistema intermunicipal mandariam as regras da decência, do espírito democrático e solidário, que em muito caracterizavam o seu antecessor Almeida Henriques, que os municípios afetos ao sistema tivessem conhecimento prévio do estudo”. Situação que não terá acontecido, pelo menos com Mangualde.
A bancada socialista na Assembleia Municipal de Mangualde sublinha que o assunto da nova barragem ainda não está resolvido, uma vez que o anúncio público da barragem “carece ainda de projeto de execução; modelo de financiamento; estudo de impacte ambiental; concurso; obra e por fim operação”, acrescentando que “qualquer tentativa de afirmar que o problema está resolvido serve apenas de argumentário político unicamente compreensível por estarmos a um ano de eleições autárquicas”.