O diretor de Empreendimentos da Infraestruturas de Portugal (IP), José Carlos Clemente, admitiu na quarta-feira (04 de maio) problemas no fornecimento de materiais necessários para as obras de modernização em curso na Linha da Beira Alta.
Questionado, durante um seminário em Mangualde, sobre os problemas criados pela pandemia de covid-19 e pela guerra na Ucrânia, José Carlos Clemente disse que se atravessa “um período muito mau”.
“Toda a cadeia de fornecimento foi fortemente prejudicada por essa situação”, explicou, dando como exemplo as catenárias e os cabos de sinalização, relativamente aos quais existem “problemas com prazos de aprovisionamento e prazos de entrega”.
Além disso, acrescentou o responsável, “existe uma queixa generalizada dos empreiteiros” relativamente ao aumento de preço.
“Obviamente que nós, enquanto empresa pública, estamos sujeitos às leis que regem a contratação pública. O único instrumento que nós temos para tentar reparar alguma situação é a revisão de preços”, explicou.
Segundo José Carlos Clemente, a revisão de preços “não responde por inteiro, principalmente a estas situações de aumento drástico de valores”.
“Mas eu sei que o Governo está a preparar uma lei que vai permitir dar uma maior abertura e uma maior flexibilidade para que as empresas públicas tentem minimizar esse problema”, acrescentou.