A companhia Cem Palcos estreia na sexta-feira (11 de outubro) o espetáculo “Cruzeta”, em Calde, freguesia do concelho de Viseu onde esteve em residência artística e se envolveu com a comunidade que faz parte da iniciativa que nasceu de músicas tradicionais das Cantadeiras de Várzea de Calde.
O espetáculo “Cruzeta” tem a colaboração de “artistas de renome nacional e da comunidade local, como as 13 mulheres do Grupo de Cantadeiras” de Várzea de Calde, que serviu de “inspiração” a Abel Neves que “trabalhou o texto com base numa música” das cantadeiras, como referiu o diretor artístico da Cem Palcos, Graeme Pulleyn.
O diretor artístico desvendou ainda que a peça “tem muito a ver com o passado, pela forma como se deixa morrer esse passado quando é preciso, a forma como as pessoas se despedem de quem desaparece para outra dimensão e a forma como o legado que fica é vivido”.
“Acima de tudo é uma celebração da vida e uma celebração pelo facto de estarmos juntos neste momento e estarmos todos a lutar pela nossa felicidade individual e coletiva”, finalizou.
Após a estreia, “Cruzeta” vai à Incubadora de Indústrias Criativas de Viseu, e depois segue às freguesias de Barreiros e Cepões, Côta, Ribafeita, Cavernães e São Pedro de France percorrendo assim “as seis freguesias de baixa densidade” do concelho de Viseu.
O projeto da Cem Palcos, em 2023, vai aos municípios de Ílhavo (distrito de Aveiro), Seia (Guarda) e Ourém (Santarém) para realizar residências artísticas e levar a palco “a mesma estrutura do espetáculo, mas adaptado à cultura e comunidade local” de cada concelho.