Os sapadores florestais iniciam esta quinta-feira (22 de julho) uma greve de dois dias para exigirem uma carreira e um estatuto profissional que dignifique o trabalho destes profissionais na prevenção e combate aos incêndios rurais. No distrito de Viseu, a adesão ronda os 60 por cento.
A greve é convocada pelo Sindicato Nacional da Proteção Civil (SNPC), que promove também junto ao Ministério do Ambiente, em Lisboa, uma concentração com sapadores florestais fardados, onde vão simbolicamente depositar os seus capacetes para denunciar “os 22 anos de puro abandono”, disse Alexandre Carvalho, coordenador do SNPC e sapdor florestal na área da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões.
O sindicalista avançou que os sapadores florestais existem há 22 anos, mas “não têm uma carreira” nem “uma profissão regulamentada”.
O Sindicato Nacional da Proteção Civil refere que os sapadores florestais têm o salário “mais baixo da proteção civil” ao auferirem o ordenado mínimo, não tendo uma carreira e estatuto profissional que regulamente a sua profissão ou que lhes seja atribuído “um simples subsídio de risco”.
Segundo o sindicato, existem atualmente cerca de dois mil sapadores florestais que trabalham para o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), municípios, freguesias e comunidades intermunicipais, estando também presentes no setor privado em associações de produtores florestais, baldios e agrupamentos de baldios.,