O advogado do padre suspeito de ter aliciado sexualmente um menor, em Viseu, pediu esta quarta-feira (11 de maio) que o seu cliente não sirva de “bode expiatório” para as culpas de crimes que possam ter acontecido dentro da Igreja Católica.
O padre Luís Miguel Costa, de 46 anos, foi ouvido no Tribunal de Viseu, durante a fase instrutória do processo em que está acusado de um crime de coação sexual agravado, na forma tentada, e de um outro de aliciamento de menores para fins sexuais.
À saída do tribunal, o advogado Paulo Duarte disse aos jornalistas que, relativamente aos factos, não se pronunciará publicamente, por entender que “a justiça é para ser feita nos tribunais, não é para ser feita na praça pública”, mas quis passar uma mensagem. “Trata-se de um cidadão que está, junto da justiça, a fazer-se ouvir. Mas é um cidadão, não é culpado, nem deve expiar a culpa de terceiros ou de instituições”, considerou.
Na opinião do advogado, o padre Luís Miguel Costa “demonstrou a sua inocência” no depoimento que prestou esta quarta-feira. O juiz de instrução terá agora de decidir se o padre será julgado ou se o caso será arquivado.
Durante o desenvolvimento do processo, o sacerdote terá que se apresentar quinzenalmente às autoridades policiais, estando proibido de "contactar com menores de 18 anos por qualquer meio".