O ministro do Ambiente considera que a Associação dos Municípios da Região do Planalto Beirão é referência no país, com capacidade de resposta no tratamento dos resíduos sólidos urbanos superior à média nacional.
“Há aqui enormes desafios à volta dos sistemas de gestão dos resíduos sólidos urbanos e se eu me dirijo particularmente ao Planalto Beirão não é tanto por achar que o desafio do Planalto Beirão é maior, porque ele é grande em todo o lado, é por estar profundamente convencido de que a capacidade de resposta, essa sim, é superior à da média nacional”, destacou João Pedro Matos Fernandes.
O ministro participou por videoconferência na cerimónia dos 30 anos da Associação dos Municípios da Região do Planalto Beirão.
João Pedro Matos Fernandes defendeu que “a boa gestão dos biorresíduos é essencial” e, nesta questão, o ministro disse que “todos têm de ter um sistema, mas, naturalmente, as exigências concretas desse sistema serão diferentes em Santa Comba Dão e em Lisboa”.
Os biorresíduos foram aliás um dos assuntos em destaque nas intervenções dos responsáveis, como o presidente da Câmara de Tondela, anfitrião, José António Jesus, do presidente da Câmara de Santa Comba Dão, que é também presidente do conselho executivo do Eco Beirão, Leonel Gouveia, e do próprio presidente do conselho executivo do Planalto Beirão, Mário Loureiro.
“No âmbito dos biorresíduos, estima-se que a associação dos municípios suporte o potencial de captação de biorresíduos de cerca de 48.000 toneladas por ano, sendo 62% de biorresíduos alimentares e 38% de biorresíduos verdes”, avançou Mário Loureiro.
Este responsável disse que “a recolha seletiva evoluiu cerca de 17 quilos por habitante entre 2014 e 2020, tendo atingido os 37 quilos por habitante em 2020, superando a meta fixada para 2020, que era de 29 quilos por habitante”.