De passagem por Viseu, Gouveia e Melo disse que a primeira batalha contra o virus está ganha

O responsável pela ‘task-force’ que coordena o programa de vacinas contra a covid-19, vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, assumiu hoje que Portugal “já ganhou a este vírus”.

“Nós já ganhámos a este vírus, pelo menos, a primeira batalha está ganha e isso é um grande alívio para todos nós”, assumiu hoje o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo em Viseu, na cerimónia de abertura da Escola secundária Alves Martins, onde estudou com 15 anos.

À margem da cerimónia, justificou aos jornalistas que a batalha está ganha, “porque a incidência está a cair apesar do estado de desconfinamento” em que o país se encontra, já depois do período de férias e da presença de estrangeiros.

“O processo de vacinação venceu o vírus e agora temos de começar a aprender a reganhar a nossa liberdade e a nossa vida. É isso que temos de fazer, claro que com alguns cuidados. Temos de ser inteligentes, também não podemos ser descuidados”, alertou.

Com a taxa de vacinação a atingir “quase os 86% das primeiras doses”, sendo que “normalmente um mês depois atinge-se o mesmo em termos de segunda dose ou vacinação completa”, o vice-almirante disse estar satisfeito com o resultado.

“O processo de vacinação ajudou-nos imenso nisto e nós estamos verdadeiramente satisfeitos, enquanto comunidade, devemos estar verdadeiramente satisfeitos connosco próprios, porque foi uma pequena taxa de pessoas negacionistas que fez com que chegássemos a este processo, com esta taxa imensa de vacinação completa”, destacou.

O vice-almirante Gouveia e Melo desvalorizou ainda o facto de Portugal ser o primeiro país do mundo em termos de taxa de cobertura de vacinação, dizendo que isso não o preocupa, sendo que a sua preocupação “é se essa taxa é suficiente para haver proteção de grupo e eventualmente a imunidade de grupo”.

“Estou confiante que sim, mas só o futuro o dirá, mas se atingirmos essa imunidade de grupo ou, pelo menos, a proteção de grupo, são excelentes notícias para o nosso país e para a nossa vida, daqui para diante”, defendeu.

O responsável disse ainda, perante dezenas de professoras presentes no ginásio, que foram “superados em mais de 85% a vacinação dos jovens dos 12 aos 19 anos”.

“Podem pensar que é pouco”, mas o vice-almirante explicou que “é muito, porque há 5% ou 6% que ainda são recuperados, que não podem ser vacinados, portanto, são mais de 90%” de pessoas vacinadas.

Perante questões levantadas por professores, Gouveia e Melo defendeu que “a melhor postura perante os negacionistas, que vivem numa bolha em que se autoalimentam, é a democracia” e, neste sentido, mostrou-se “muito satisfeito” por o Estado de Direito funcionar, ao chamar as pessoas, que o insultaram e ameaçaram, à justiça.

“A democracia é isto. É exigir a nós próprios exercer a democracia todos os dias e exercer a democracia é não permitir que alguém nos grite aos ouvidos e nos empurre para as ideias deles. As pessoas podem ter as suas ideias, é perfeitamente legítimo, não têm é que me vender essas ideias de forma agressiva, como eu também não vendo as minhas ideias de forma agressiva. Isso é democracia”, definiu.

Aos professores, o vice-almirante terminou as suas palavras sobre a vacinação e o processo em que esteve envolvido: “Estejam confiantes que 2022 vai ser um ano completamente diferente de 2021 e também diferente do fim de 2020 e até meados de 2020, porque nós vencemos o vírus. Não sou político (…) sou genuíno no que estou a dizer e fizemos o máximo para acabar o processo o mais rapidamente, só que o processo foi condicionado pela disponibilidade de vacinas”, concluiu.

Autor: Irene Ferreira
2021-09-15 15:40:54

 

 


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Esta terça-feira é a vez de Fátima Pereira, autora natural do concelho, reunir com as crianças, num encontro que terá como pano de fundo o livro “Pixie e o cardume colorido”.
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Viseu: árvore centenária da Quinta da Cruz é abatida esta terça-feira, por motivos de segurança

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Em reconhecimento ao valor da “Sequoiadendron giganteum”, a autarquia de Viseu deu início a um processo de colaboração com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) para a recolha de material vegetal. "O objetivo é permitir a criação de clones do exemplar, numa tentativa de preservar o seu legado genético e a sua contribuição para a biodiversidade local", conclui.

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Mangualdense Carlos Rodrigues, edita livro com tradições e saberes do concelho (com áudio)

“Estórias e Contos” é o título do livro, da autoria de Carlos Rodrigues, que retrata o tempo dos pais e avós no mundo rural característico do concelho de Mangualde.
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Escola Superior de Educação de Viseu acolhe dois dias dedicados à Comunicação Social

Na quarta e quinta-feira (dias 20 e 21 de março), decorrem os dias de Comunicação Social na Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV) do Instituto Politécnico de Viseu (IPV).
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Feira de São Mateus é considerada a Melhor Festividade Ibérica

A Feira de São Mateus, em Viseu, é a Melhor Festividade Ibérica, uma distinção atribuída nos Iberian Festival Awards que decorreram em Granada, Espanha. A lista de nomeados incluía um total de nove eventos, a grande maioria realizados em Portugal, como por exemplo a Expofacic, as Festas do Mar, o Carnaval de Loulé ou a Noite Branca Algarve. 
É a primeira vez que a mais antiga e secular Feira da Península Ibérica recebe o prémio. Na edição de 2023, a distinção tinha sido atribuída às Festas do Mar, em Cascais, sendo que o São João do Porto e a Expofacic também foram distinguidos em edições anteriores.
Pedro Alves, presidente da Viseu Marca, entidade organizadora da Feira de São Mateus, refere que “não podíamos estar mais satisfeitos, com esta distinção, que assume uma importância acrescida, também, pelo facto de resultar de uma votação do público, ou seja, de quem nos visita, e isso é um claro sinal de aprovação do nosso trabalho”.
“Este prémio vem reforçar a nossa convicção de que estamos no caminho certo para impulsionar, cada vez mais, este grande evento que há muito passou as fronteiras da região de Viseu e também do país, e recebendo agora este reconhecimento a nível ibérico”, explica o responsável.
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